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ACUSADOS DO ASSASSINATO DE JÚLIO VÃO A JURI SEXTA DIA 18

CRIME FOI CONSIDERADO UM DOS MAIS VIOLENTOS DE CALMON.

Publicada em 16/08/17 às 10:29h - 1540 visualizações

por Rádio Destaque Regional


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 (Foto: Rádio Destaque Regional)
LEIA PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CAÇADOR.

O crime segundo o Ministério Público

No dia 31 de maio de 2014, por volta das 22h, os denunciados Cristiano, Felipe e Cleiton, tentando "dar uma lição" em Júlio, pelo fato de ter ele dançado com as ex-namoradas de Cristiano e Cleiton naquela noite, abordaram a vítima em frente ao Bar do Cide, em Calmon. Os autores convidaram a vítima para com eles se dirigir até a residência de Cleiton para ingerirem bebidas alcóolicas. A vítima concordou e foram até a casa, na rua Theodósio Paulek, no Centro de Calmon.

Chegando ao local, e estando já no interior da residência, os denunciados revelaram seu verdadeiro propósito. Todos privaram a vítima de sua liberdade mediante sequestro, impedindo-a de abandonar o local, e passaram a submeter a vítima a tortura física e psicológica. Os maus-tratos resultaram em grave sofrimento físico e moral.

De acordo com o Ministério Público, Cleiton estava munido de uma faca e de um facão e desferiu violentos golpes na vítima, utilizando-se do facão para bater em suas costas e tórax, fazendo cortes em seu braço com a faca, além de outros ferimentos. Cleiton ainda teria ordenado que a vítima tirasse suas roupas, e efetuou dois cortes no tórax da vítima, desenhando uma cruz em seu peito.

Não bastasse a tortura, a vítima foi submetida a atos libidinosos. Inicialmente, Cleiton praticou conjunção carnal, obrigando a vítima ao coito anal. Já Felipe teria obrigado a vítima a fazer sexo oral, inserindo um bastão de madeira no ânus.

Cessados os abusos sexuais, a vítima foi coagida a acompanhá-los caminhando como um animal até local ermo, nas proximidades do reservatório da Casan, onde foi morta em seguida.

Por volta da 1h do dia 1º de junho, Felipe segurou a vítima por trás, imobilizando seus braços, e Cleiton passou a desferir numerosos e violentos golpes contra a cabeça de Júlio. A vítima teve o nariz arrancado, foi escalpelada, teve a testa e o maxilar divididos, além de ter a face desfigurada completamente. Os vários ferimentos gravíssimos resultaram em sua morte, na mesma hora.

Um pedestre que trafegava por uma via transversal avistou o corpo no chão rodeado de cães pela manhã do mesmo dia. Imaginando se tratar de um homem alcoolizado, ele aproximou-se, mas descobriu que se tratava de um cadáver.

* As informações são da denúncia oferecida pelo Ministério Público

 

Suspeitos são presos

Felipe e Cristiano, na época já com 18 anos, foram presos em Calmon no dia 2 de junho de 2014, um dia após a morte da vítima. O mentor do crime, Cleiton, estava foragido, mas acabou preso no dia 3 de junho em Curitibanos. Os três foram encaminhados ao Presídio Regional de Caçador.





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