O Gaeco cumpriu em Caçador nove mandados de prisão preventiva de investigados na Operação Emergência, desencadeada nesta quinta-feira, 2, em Caçador e em outros 11 municípios. Foram emitidos ao todo 39 mandados de busca e apreensão, porém foram cumpridos 36. Um deles, em Balneário Camboriú não foi cumprido pelo fato de o investigado ter mudado de endereço.
Conforme o Ministério Público, os nove presos foram encaminhados ao Presídio Regional de Caçador, onde ficarão à disposição da Justiça. Ainda foram apreendidos eletrônicos, documentos, arquivos e um valor em dinheiro que não foi informado.
Os nove presos tiveram a prisão temporária decretada pelo Tribunal de Justiça, ou seja, eles ficarão 30 dias presos podendo ser prorrogada por mais tempo, ou a justiça pode conceder a prisão preventiva.
Dentre os presos, está o vereador do MDB, Marcio José Farrapo, o Marcio JF, um médico ortopedista, uma enfermeira. O MP não divulgou o nome dos demais presos, pelo fato de a prisão estar em curso de investigação.
Em Calmon, pela manha desta quinta-feira, foram realizadas vistorias na UBS "antiga" e na atual UBS. Vários documentos foram apreendidos.
A operação visa desmantelar uma quadrilha que mantinha um esquema de “fura-fila” no Sistema Único de Saúde. O coordenador geral do Gaeco, o promotor Alexandre Reynaldo de Oliveira Graziotin, comentou que tudo começou com uma denúncia na Comarca de Tangará, a respeito de possíveis irregularidades da apresentação de pacientes do SUS e atestados.
O caso foi encaminhado ao Gaeco, em Lages que passou a apurar as irregularidades onde foi constatado o esquema que furava a fila do SUS.
“O esquema acontecia na região Meio Oeste, Balneário Camboriú, mas Caçador é o principal. O paciente procurava o SUS, recebia a informação de que teria que entrar na fila e esta pessoa conhecia alguém ligada no esquema que direcionava para o interlocutor, o qual acelerava o processo mediante pagamento”, disse.
NOTA DO HOSPITAL DE SANTA CECILIA.
“O Hospital e Maternidade de Santa Cecília informa a população a população em geral que recebe nesta quinta-feira, 2, integrantes do Gaeco, na operação Emergência, do Ministério Público de Santa Catarina, buscando documentos de possíveis irregularidades de um profissional médico, que está sendo investigado por furar filas do SUS.
Informamos que o referido profissional esteve operando pacientes por hospitais da região, porém não chegou a ser inserido no corpo clínico do hospital, e ainda não criou vínculos empregatícios com a entidade.
Desta forma, a direção disponibilizou todos os documentos necessários para auxiliar esclarecer os fatos e apurar responsabilidades e ressaltamos que estamos inteiramente a disposição das autoridades competentes ao que se refere”.
Santa Cecília, 2 de agosto de 2018.