Os seis presos na manhã desta segunda-feira (22) em uma operação no Oeste catarinense, são suspeitos de direcionar licitações da venda de peças de máquinas pesadas, como patrolas. Do total de presos, metade é de servidores públicos e a outra, de empresários, informou a Promotoria de Justiça do município.
Não foi revelado o local das prisões, somente que elas ocorreram em vários municípios do Oeste. Os três mandados de condução coerciva foram de servidores de Tangará. Até 15h30, os depoimentos deles ainda eram colhidos.
"Algumas vezes esses consertos eram maquiados com peças recauchutadas, que funcionavam por um certo período. mas novamente as máquinas voltavam a quebrar, e novos procedimentos licitatórios eram lançados ", disse o promotor Renato maia de Faria.
Com os 11 mandados de busca e apreensão, foram recolhidos documentos, computadores e celulares. As investigações começaram há quatro meses.
Segundo a promotoria, os depoimentos vão conduzir os próximos passos da investigação. Essas declarações devem ajudar a esclarecer a proporção e a abrangência do esquema criminoso.
Operação Patrola
A ação desta segunda integra a Operação Patrola, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O nome "patrola" foi escolhido porque a investigação aponta irregularidades no uso de maquinários pesados de propriedade do poder público.