Corria o ano de 1.909, a estrada de ferro continuava ao seu destino, Marcelino Ramos no Rio Grande do Sul. Quase todo o dia se ouvia na serra da Pirambeira ao Norte, e no Corte de Agrião do lado Sul, o resfolegar e o apito de uma Maria - fumaça, com vagões carregados de cargas e pessoas chegando a Osman Medeiros. A serraria da Lumber trabalhava a todo o vapor, os agentes corriam a fim de virar a chave para desviar o trem para as linhas auxiliares. O povo nas plataformas está bem vestido, a estação está enfeitada, parecendo um dia de festas. O trem que chega pela pirambeira é uma composição especial. Neste trem vem o presidente da República Affonso Penna, acompanhado de seus ministros entre eles, o da Viação e Obras Públicas, Miguel Calmon Du Pin e Almeida.
A segurança corre para proteger o chefe da nação. O presidente desce e cumprimenta a todos, faz algumas visitas pelo povoado e retorna para a estação onde a inaugura, dando o nome de Estação Miguel Calmon, em homenagem ao seu ministro, que ora lhe acompanha. Logo após as homenagens e cumprimentos, um trem parte de Osman Medeiros, com ele conduzindo o chefe da nação, indo direção a Taquaral Liso, onde aconteceu a inauguração de mais uma estação, desta vez, em homenagem ao presidente, denominando-se Estação Presidente Penna. O outro trem que parte para o lado de União da Vitória, parte não agora de Osman Medeiros, mas sim do povoado de Calmon, que recebera este nome neste dia, quando pela primeira vez, um Presidente da República visita o Vale do Rio do Peixe e propriamente a cidade de Calmon, a partir daquele dia, passaria por momentos bons e momentos ruins, e até os dias de hoje nenhum presidente voltou a pisar em Calmon, e poucas são as autoridades que se preocupam com este, que no passado, foi o centro das atenções.