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105 ANOS DEPOIS DOS ATAQUES A CALMON E SÃO JOÃO DOS POBRES

DOIS DIAS DE DIFERENÇA MARCARAM A ÉPOCA

Publicada em 02/09/19 às 15:48h - 434 visualizações

por JOÃO BATISTA FERREIRA DOS SANTOS.


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MUNIÇÃO DESENTERRADA PELO GRUPO EM 1999  (Foto: GRUPO RESGATE CALMON,)

Entre os dias dois a quatro de setembro de 1.914, os redutos dos caboclos, estava movimentado, as ordens para os ataques as instalações da Brazil Railway Company  e da Lumber  em Calmon e em todo os vale do Rio do Peixe e Planalto Norte,foi uma empresa ferroviária brasileira que foi criada no início do século XX, mais precisamente no dia nove de novembro de 1906.

Pertencia ao famoso sindicato Farquhar, liderado pelo polêmico e arrojado capitalista estadunidense Percival Farquhar, que, além de ferrovias, controlava: empresas de navegação, colonização, madeireiras, seringais, indústrias de papel, frigoríficos, hotéis, empresas de eletricidade, telefonia, portos, serviço de bondes, siderurgia, fazendas de gado, extração mineral, etc.A Brazil Railway Co. era proprietária da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande.

 Neste dias que separavam  os ataques, cada chefe recebeu ordens expressar para evitar mortes de crianças e mulheres, ao tempo em que solicitavam, que todo “peludo”  que estivesse a serviço do Governo ou dos americanos que fosse encontrado deveria ser morto.

Depois de percorrerem dois dias a pé, os comandados de Chico Alonso ficam aos arredores de Calmon, onde funcionava a segunda maior serraria da América do Sul, a Lumber. Em reunião nas matas as últimas ordens fora repassadas, na tarde do dia cinco de setembro de 1.914,  um cavaleiro avista uma multidão seguindo para Calmon e corre dar o aviso no povoado.

O aviso chega tarde demais, os caboclos já estão “atocaiados”, e descem para o povoado, queimando casas, e o principal alvo é o Engenho de Serraria a estação onde parava o “dragão de fogo” dos americanos.

Os seguranças americanos, os verdadeiros jagunços tentaram conter o ataque, mas foram ultrapassados a golpes de facão de pau e velhas garruchas que “vomitavam” chumbo a valer.

Casas começaram a arder sobre a grande fogueira, a próxima a queimar e ir ao chão foi a estação ferroviária e depois as instalações da Lumber. Caboclos tombaram, mulheres se perderam nas matas quase virgens a beira do povoado. As 17 horas daquele fatídico dia, corpos estavam espalhados a mercê do sol, não havia dado tempo de enterrá-los.

Chico Alonso conta seus homens, havia perdido muitos, mas restava um bom número, com o pouco conhecimento que possuía, rabiscou um bilhete com carvão e pregou na parede de um armazém que ficou em pé.

Dizia o bilhete: “ Nós não matava e nem robava, mas veio o governo da repubrica e tocou os verdadeiros donos de cima de suas terra, nós agora vai fazê vale nosso direictos”.

No dia seis de setembro, são João dos Pobres é o alvo, lá Venuto Baiano mão seguiu as ordens de Maria Rosa, matou crianças, mulheres e os caboclos.

Mas isso é outra história.

 Antiga estação de São João dos Pobres.

foto da AHEx mostra Armazém da Lumber onde foi pregado o bilhete dos caboclos.

Sangue manchou os trilhos em 1.914.

Mãos se mancharam de sangue.

Serraria da Lumber queimou por três dias e Três noites.

Foto da AHEx mostra pátio da Lumber tomado por seguranças e soldados  em Calmon, nem isso segurou os caboclos,




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